Água
Potável
Vocês sabiam que enquanto
algumas pessoas desperdiçam água, outras sofrem com a falta de água potável?
A água potável
é um recurso cada vez mais escasso no planeta. Em 2007 a ONU (Organização das
Nações Unidas) declarou que cerca de 1,1 bilhões de pessoas em todo o mundo não
têm acesso a água potável e estima-se que dois milhões de crianças morrem todos
os anos pela falta dela ou de saneamento básico.
Segundo as projeções mais recentes da ONU, no ritmo
de uso e do crescimento populacional, nos próximos 30 anos, a quantidade de
água disponível por pessoa estará reduzida a 20% do que temos hoje.
Parece controverso que o planeta terra, que é
constituído por dois terços de água, não possa abastecer sua população que já
ultrapassou os 6 bilhões de indivíduos. Teoricamente, ela não deveria faltar. O
problema é que quase toda esta água encontra-se distribuída sob a forma de gelo
ou água salgada, o que impede seu consumo imediato pelo homem. E para piorar,
sua distribuição pela superfície do planeta é desigual.
Alguns lugares são naturalmente secos, o que
exige que a água tenha que ser captada longe do local onde será consumida,
tornando necessários investimentos em estruturas de captação e distribuição,
além do tratamento. Isso encarece e, muitas vezes inviabiliza seu acesso às
pessoas que não tem tantas (ou nenhuma) condições de pagar.
O grande problema, além dos já apontados, é
que nos lugares onde há grande disponibilidade de água, há uma “cultura de
desperdício” onde se prega, erroneamente, que a água é um bem que nunca
faltará.
Felizmente, essa cultura vem sendo combatida
e, aos poucos, a população do mundo todo tem se conscientizado da importância
de economizar e encontrar meios de reutilizar a água de maneira mais racional.
O Brasil é um país privilegiado num planeta
sedento. Tem cerca de 14% de toda a água doce que circula pela superfície da
Terra. Mas a distribuição dessa abundância é desigual.
Cerca de 80% da água disponível está na Bacia Amazônica
por outro lado a maior parte da população - e da atividade econômica - do país
está em grandes centros urbanos na região sudeste, mais próximo da bacia do
Prata, onde a oferta de líquido potável é cada vez mais escassa. Além disso, muitas
pessoas no Nordeste ainda sofrem esse problema, além da falta de saneamento
básico.
Privatizar é a tendência
mundial, os
defensores da privatização afirmam que só ela é capaz de gerar recursos para a
exploração e gestão da água. Trata-se de um fator essencial, no caso de países
como o Brasil, onde o desafio ainda é garantir água tratada para todos.
Hoje, 10,7% dos domicílios do país não têm água
encanada e 23,3% não contam com rede de esgotos. O Ministério das Cidades
estima que seria preciso investir R$ 178 bilhões para que os brasileiros tenham
água e esgoto até 2020.
No Brasil, já há iniciativas como o Comitê de
Bacias do Rio Paraíba do Sul, uma região que concentra indústrias entre o Rio
de Janeiro e São Paulo.
As empresas instaladas na região pagam para tirar
água do rio e para devolvê-la à rede de esgoto. Quanto mais poluída estiver a
água, maior o preço. Isso resultou na implantação de métodos mais eficientes
para usar o recurso, diminuindo o consumo e aumentando o índice de reutilização
de água.
Na experiência brasileira os recursos
conseguidos com esta cobrança não são suficientes para financiar todos os
custos que envolvem a recuperação da bacia impactada. Contudo cobrar pela
utilização da água faz com que haja o que podemos chamar de “conscientização
forçada”: já que é difícil convencer pela razão, convence-se pelo bolso. Claro
que, neste caso, a cobrança é feita apenas para a captação e dissolução de
poluentes, ou seja, apenas às indústrias, companhias de saneamento e
abastecimento e uso agrícola, todas estas, atividades que lucram com este uso.
Já quando falamos na
possibilidade de se cobrar pelo uso da água do consumidor final (pessoa
física), a proposta, embora com boas intenções, esbarra em um dos direitos
básicos do homem que é ter suas necessidades básicas de sobrevivência supridas;
o que inclui acesso a água potável. Por isso, as propostas neste sentido,
costumam englobar um limite mínimo de consumo dentro do qual o uso não é
cobrado.
Parece demais dizer
que se deve pagar pelo uso de um bem que deveria ser, por direito, de todos,
para pessoas que vivem em um país com uma das maiores cargas tributárias do
mundo. A questão é que tudo isso visa inibir o desperdício de um bem escasso e
caro.
Enfim, há quem se
preocupe com possíveis guerras futuras por causa da água. Estes talvez pensem
que dois milhões de crianças mortas por ano ainda é pouco. A verdade é que
muito mais que dificuldades geográficas e climatológicas, o que existe de fato
é falta de vontade política por parte de governos e instituições.
Mais informações:
Não joga o lixo nas ruas porque pode entopir o boeiro e pode causar doenças pomo rato e baratas..... thais
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