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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lenda do Folclore - Boitatá

  BOITATÁ

Em 1560, o Padre José de Anchieta já relatava a presença desse mito. Dizia que entre os índios era a mais temível assombração.  Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios. Já os negros africanos, também trouxeram o mito de um ser que habitava as águas profundas, e que saía a noite para caçar, seu nome era Boitatá.
 O Padre José de Anchieta, descreveu o boitatá como uma gigantesca cobra de fogo ondulada, com olhos que parecem dois faróis, couro transparente, que cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas e na beira dos rios. Diz a lenda também que o boitatá pode se transformar em uma tora em brasa, para assim queimar e punir quem coloca fogo nas matas.
Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente do grande dilúvio (história bíblica que fala sobre a chuva que durou 40 dias e 40 noites) que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.
Diz a lenda, também, que quem se depara com o boitatá geralmente fica cego, pode morrer ou até ficar louco . Assim, quando alguém se encontrar com o boitatá deve ficar parado, sem respirar e de olhos bem fechados.
É um mito que sofre grandes modificações conforme a região. Em algumas regiões por exemplo, ele é uma espécie de gênio protetor das florestas contra as queimadas. Já em outras, ele é causador dos incêndios na mata. A versão do dilúvio teve origem no Rio Grande o Sul.
Uma versão conta que seus olhos cresceram para melhor se adaptar à escuridão da caverna onde ficou preso após o dilúvio, outra versão, conta que ele, procura restos de animais mortos e come apenas seus olhos, absorvendo a luz e o volume dos mesmos, razão pela qual tem os olhos tão grandes e incandescentes.
Como a maioria das lendas e crendices populares que são passadas de geração em geração através do “ouvir e contar”, a lenda do boitatá sofreu algumas modificações, sendo que em muitas partes do Brasil a lenda é contada de forma diferente. Em Santa Catarina, por exemplo, o boitatá é descrito como um touro de "pata como a dos gigantes e com um enorme olho bem no meio da testa, a brilhar que nem um tição de fogo".
Nomes comuns: No Sul; Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata.



Pesquisado por: Adriele Nolasco Arcanjo Ferreira
                          Danyella Karolina Areias da Hora
                          Jorge Silva de Souza


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