A república é
uma forma de governo que tem como objetivo principal atender aos interesses dos
cidadãos. Neste regime é o povo que elege seu governante, portanto é um regime
mais democrático e é este regime que vigora no Brasil atualmente. Mas... Nem
sempre foi assim, pois entre 1822 e 1889 era o regime monárquico que vigorava
em nosso país e ao longo desse período tivemos dois imperadores: D. Pedro I e
D. Pedro II. Por ser um tipo de regime que não leva em consideração as
necessidades do povo, ao longo de todos esses anos o regime monárquico ficou
desgastado e a necessidade de mudanças cada vez mais evidente.
Houve várias tentativas de
mudança: a primeira delas ocorreu em 1789, em Vila Rica, Minas Gerais, onde
vivia Tiradentes e outros revolucionários que tentaram modificar a realidade,
principalmente por não concordarem com os altos impostos cobrados pelo rei.
Esse movimento ficou conhecido com a Inconfidência Mineira e
não acabou nada bem, pois Tiradentes terminou sendo preso e
enforcado, encerrando temporariamente com as manifestações. Depois, em 1824,
outro grupo revolucionário, agora de Pernambuco, tentou ir contra o imperador,
constituindo a Confederação do Equador, ação que durou
apenas 4 meses e também resultou na prisão e morte de muitos dos envolvidos.
Ainda em 1836, lideres do Rio
Grande do Sul entram em guerra contra o Imperador organizando a Revolução
Farroupilha, grupo que também foi derrotado e a monarquia continua
imperando no país.
Com todas essas derrotas e como a
insatisfação estava evidente em todas as classes sociais, houve acontecimentos
determinantes para que a proclamação da república realmente acontecesse: os
fazendeiros ficaram descontentes com a abolição da escravatura e exigiam que o
imperador os indenizasse; e, os produtores de café do interior paulista eram
favoráveis às ações liberais e mão de obra livre. Cada vez mais isolado, o
imperador recebeu o golpe final porque, aos poucos, os militares também foram
se revoltando contra o império.
Assim, a Proclamação da República
foi um evento que contou com a participação de muitas pessoas, entre elas as
que participaram das campanhas abolicionistas, os fazendeiros e o exército.
Quem começou, de fato, a conspirar para a derrubada da monarquia foi Benjamim
Constant. Porém, quem proclamou a República e pôs fim ao império foi o Marechal
Deodoro da Fonseca, figura de maior prestígio no exército. Convencido por
Benjamim Constant, o Marechal Deodoro concordou com tal ato no dia 11 de
novembro. Foi difícil convencê-lo, pois o Marechal era amigo de Dom Pedro II.
Na manhã de 15 de novembro de
1889, Deodoro, à frente de um batalhão, marchou para o Ministério da Guerra, e
declarou o fim do período imperial, e o início do período republicano. Dom
Pedro II, o imperador da época, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de
Janeiro. Ele pensava que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o
Ministério. No dia seguinte, foi-lhe entregue um comunicado confirmando a
proclamação e solicitando sua partida para o exterior. Entre 1889 e 1930 o
governo foi uma democracia constitucional e a presidência alternava entre os
estados dominantes da época: São Paulo e Minas Gerais.
Curiosidades
Antes de viajar para Portugal, no
dia 17 de novembro, Pedro II escreveu uma mensagem para o povo brasileiro:
"Cedendo ao império das circunstâncias, resolvo partir com toda a minha
família para a Europa amanhã, deixando esta pátria de nós estremecida, à qual
me esforcei por dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação
durante quase meio século em que desempenhei o cargo de chefe de Estado.
Ausentando-me, eu com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a
mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e prosperidade."
(fonte: Guia dos Curiosos)
(fonte:http://www.smartkids.com.br/especiais/proclamacao-da-republica.html)